Industrial, sensorial e plural. Livros, móveis exclusivos, esculturas e obras de arte selecionadas foram escolhidas pelos arquitetos para compor o universo industrial, dando vida à casa de um viajante plural e com muitas histórias para contar. A inspiração foi extraída do próprio DNA do MOCA, que carrega a ideia de uma arquitetura afetiva em sua identidade. “Partimos do entendimento de que nossos sentidos estão sempre trazendo de volta uma memória. Um cheiro, uma música, um prato, tudo isso nos transporta para um lugar especial – por isso imaginamos nossa persona como alguém cheio de memórias”, explica Ana.
Decidir a essência do projeto foi fácil quando comparado ao desafio que era transformar o espaço expositivo. Reconhecidos por trabalhar sempre com muita cor e iluminação natural, os arquitetos se viram com uma área de 68 m2 sem janelas para trabalhar. A solução? Fácil: remova o teto.
“Sentimos que nosso ambiente estava carente de luz natural e decidimos introduzir uma clarabóia no telhado. Além disso, não sabíamos que estávamos prestes a encontrar um lindo pinheiro bem alto diante do telhado, que momento de alegria! Em seguida, instalamos uma estrutura de aço com vidro, emoldurando o topo da árvore e criando uma experiência sensorial para quem visita”, conta Katia.
Além do layout e da decoração, o espaço expositivo do MOCA também chama a atenção pela variação intencional de diferentes estilos. Além disso, possui um detalhe bem moderno: a presença de Corian em móveis selecionados. “Nosso espaço propõe um mix de texturas que remetem ao aconchego. Por isso criamos peças únicas em Corian com linhas arredondadas. A ilha da cozinha chama a atenção pelo seu aspecto monolítico, concentrando as principais funções da cozinha: a bancada possui bacia, escorredor e até tábua de cortar embutida. Ou seja: todas as funções da cozinha em um único objeto”, explica Ana. Essas características só foram alcançadas porque o material escolhido pelos arquitetos permite curvas e emendas imperceptíveis.